Passado Negro

POV Justin

 

Fixei o celular por algum instante sem reação. O que eu mais temi todo esses dias estava acontecendo: Alana ia usar o meu passado contra mim para se vingar. Engoli a seco e tremi um pouco na base, eu não queria voltar, nem por lembranças, ao meu passado.

 

– Justin? - Lorena me chamou me tirando do transe. - O que foi?

– Nada. - forcei um sorriso. - É só o Ryan avisando que chegou e que o carro está inteiro.

– Hm, e por que essa cara?- perguntou ela desconfiada cruzando os braços.

– Que cara? - perguntei cinicamente enquanto apagava a mensagem e voltava pra cama.

Antes dela falar mais alguma coisa, segurei seu rosto e a beijei. Meu pensamento estava longe. Tentava me controlar, mas me sentia inquieto. Lorena estava com sono, então se aninhou em meu corpo de costas para mim e fechou os olhos tentando dormir enquanto fiquei ali a noite toda em claro pensando no pior.

Eu já havia trabalhado para o pai de Alana. Ele tinha vários capangas porque ele não colocava a cara a tapa. Eu trabalhei por ele primeiramente pra pagar o que eu consumia. Sim, eu era um viciado e eu detestava lembrar disso. Meus pais sempre brigavam por qualquer bobagem e quando meu pai decidiu ir embora eu fiquei como o homem da família tendo que cuidar da minha irmã mais nova e da minha mãe. Isso era muito stressante. Eu tinha que ver minha mãe chorando, sofrendo e aguentar aquilo calado. Eu só precisava de uma válvula de escape e quando eu cheirava eu me sentia mais forte. Claro que era uma força momentânea, mas valia a pena. Bom, na época valia. Quem me apresentou ao Lúcio foi um amigo meu chamado Jaden que já trabalhava para ele e já estava partindo pra drogas mais pesadas. Com o dinheiro do trabalho ele só conseguia pagar suas dívidas que iam se acomulando cada dia mais. Eu estava numa fase rebelde, fazia mais no fundo sabia que era por um motivo passageiro. Já Jaden não se importava com o dia de amanhã e usava tudo que Lúcio tinha. Foi assim que conheci Alana. Na época ela nem chamava minha atenção, mas Lúcio quase me obrigou a responder as iniciativas dela. Ao passar tempo aprendi a gostar de Alana. Ela era mimada, mas me dava a atenção que na época eu precisava. Sem contar que na cama ela era perfeita. Até que um dia eu estava assinando uns papéis para o Lúcio e fui chamado por ele em seu escritório. Quando cheguei lá, Jaden estava com a cara toda roxa e sentado numa cadeira com as mãos amarradas para trás. Na hora um frio subiu pela minha espinha, não quis demonstrar o medo que eu estava sentindo então me manti inexpressivo e encarei Lúcio que andava de um lado para outro com aquele seu jeito mafioso rodopiando uma arma na mão.

 

– Sabe por que te chamei aqui, Justin?

– Não, senhor! - respondi sério.

– Seu amigo Jaden não sabe se controlar. Ele me deve 50 mil e não tem nem 5 mil para me pagar.

 

Olhei para Jaden que nem demonstrava sinais vitais. Temi que ele já estivesse morto, mas vi seu corpo se movimentar por causa da respiração.

 

– Sabe, Justin. - continuou Lúcio com uma voz debochada. - Seu amiguinho, não satisfeito com todos os benefícios que ele tem aqui, anda entregando os meus esquemas para o Jonas.

 

Jonas era um outro traficante da região, inimigo número um de Lúcio.

 

– Tudo em troca de mais drogas! - disse Lúcia em um tom sério.

 

Olhei mais uma vez para Jaden e eu suava frio. Sabia que ele não sairia dali vivo.

 

– Mandei te chamar pra dizer que eu odeio filho da puta viciado que trabalha pra mim pra pagar o próprio vício. Vocês não me acrescentam em nada. Nem no meu bolso mas eu gosto de você, garoto. Você não me traz problemas, é um bom rapaz. Mas infelizmente tenho que mostrar quem é que manda. - disse Lúcio colocando sua mão em meu ombro.

 

Nesse momento ele apontou a arma para Jaden e sem pensar duas vezes mirou no meio da sua testa e deu um tiro certeiro. Naquela hora eu me senti mal, me senti atordoado. Eu sabia onde eu estava me metendo, mas nunca imaginei que veria um amigo morrer na minha frente de uma forma tão brutal.

 

Lúcio olhou para mim assim que concluiu seu ato e se aproximou.

 

– Se você tinha alguma intenção em passar a perna em mim, de fato agora você não tem mais. Eu não estou aqui pra brincadeiras, Justin. Eu não trabalho com amadores - disse ele sério bem próximo a mim.

– Eu nunca tive nenhuma má intenção contigo, senhor. - falei um pouco fraco ainda não acreditando na cena de Jaden morto e sangrando na minha frente.

– Eu sei, filho. Você é um bom rapaz e por isso te dou a chance de ir embora antes que isso fique grande demais pra você. - disse ele dando uma risada fatal. - Mas se você abrir a boca pra alguém sobre o que você vive aqui, você e mais a pessoa que você contou, morrerão. - disse ele com um peso na voz.

– Ninguém saberá, senhor. - falei mirando a parede. Encarar aquele cara era impossível.

– Então vá, filho. Você não tem dívidas comigo. Sua única dívida será seu eterno silêncio.

 

Ele me dispensou de seu escritório e ouvi ele mandando os outros capangas limparem aquela sujeito como se ele tivesse matado um rato.

Saí da casa do Lúcio sem acreditar onde eu havia me metido. E desde aquele dia eu decide parar de me drogar e até hoje, depois de um ano, eu permanecia limpo. Alana estava me ameaçando com aquilo porque ela sabia do meu trato com o pai dela e sabia que ele não acreditaria em mim caso eu contasse que na verdade ela que tinha contado. Quase me suicidei quando lembrei que a mensagem era minha única prova contra ela, mas eu havia apagado para Lorena não ver. Merda! Eu tava fudido. Não podia ter colocado Lorena no meio disso. Mas eu tentei fazer Lorena se afastar de Alana, mas ela achava que eu dava muita moral pra Alana, mas verdade ela não sabia que tudo era muito mais complexo do que parecia e agora Alana estava lutando com a arma que ela tinha.

 

POV Lorena

 

Eu estava com tanto sono que nem percebi quando o sono chegou. Justin havia me deixado cansada. Nosso sexo cada vez melhor. Sorri ao ver que ele estava ao meu lado. Me virei em sua direção e comecei a distribuir beijos por todo o seu corpo . Mas Justin estava imóvel. Dormia feito pedra. Não se movia, nem acordava com os meus carinhos. Resolvi então ir levantar e aproveitar o dia de Sol. Justin já havia me mostrado a piscina de sua casa, mas ainda não tinha ido. Fiz a higiêne matinal, tomei um banho rápido e vesti um biquini. Dei um beijo de leve na boca de Justin que permanecia intacto. Devia estar cansado por causa da noite interior.O dia estava lindo e eu estava tão relaxa e feliz por ter me vingado de Alana, mas como sempre Justin não parecia nada satisfeito com o que eu tinha feito. Parecia que Alana era sua protegida. Não podia fazer nada contra ela. Aquilo era um saco! Parecia que ele tinha medo de Alana, mas medo de quê? Briguei com meus pensamentos, até que resolvi deixar pra lá e curtir o sol. A empregada havia trazido meu suco de laranja que pedi e não tinha nada que tirasse o meu bom humor.

 

 

POV Justin

 

Abri meus olhos e a claridade fez minha cabeça explodi. Sempre fico com dor de cabeça quando durmo mal e a noite anterior tinha sido péssima depois daquela mensagem de Alana. Senti falta de Lorena na cama e levantei depressa. Olhei pela janela do meu quarto e vi Lorena deitada toda sexy pegando Sol perto da piscina. Sorri feito um bobo. Como era linda. Parecia uma dondoquinha bebendo aquele suco. Tomei um banho, vesti uma bermuda e desci para aproveitar o dia de Sol ao lado da minha Lorena. Ela estava de óculos escuros, mas imaginei que estivesse de olhos fechados, pois não esboçou nenhuma reação quando cheguei. Pisei de leve no chão para não fazer barulho e quando cheguei perto dela, segurei seu corpo sacudindo ela toda e gritei "Bu!" bem alto. Lorena deu um berro e pulou da cadeira me fazendo dar uma gargalhada alta.

 

 

– Não tem graça, Justin! - disse ela puta da vida.

– Ah tem sim! - falei ainda rindo.

 

Lorena estalou a lingua no céu na boca voltando pra mesma posição que estava, ignorando completamente a minha presença. Peguei ela no colo colocando-a em meu ombro.

 

– Me solta, Justin! Eu vou cair! - ela gritava enquanto tentava me dar leves soquinhos.

– Pára, Justin! Não faz iss...

 

Joguei Lorena dentro da piscina sem deixar ela concluir a frase. Eu ria alto, estava me divertindo com aquilo.

 

– Seu idiota! - disse ela voltando da superfície.

 

Ri mais ainda e mergulhei na piscina. Ainda estava no fundo na piscina quando comecei a dar frágeis beliscões na perna de Lorena que ficava pulando feito doida. Ouvia sua voz bem lá no fundo.

 

– Pára, Justin!

 

Fui para cima e encarei Lorena com um sorriso no rosto. Ela irritada.

 

– O que deu em você hoje, heim?

– Saudade. - falei com um sorriso cínico.

– Sei. - disse ela tacando água em

mim.

 

Me aproximei de Lorena e beijei seus lábios molhados. No começo ela tentou se esquivar, mas logo cedeu e deixou minha língua invadir sua boca. Afastei nossos lábios devagar dando vários selinhos.

 

– Você é muito linda, sabia?

 

Ela sorriu sem graça desviando os olhos.

 

– E você é um bobo!

 

Lorena agarrou minha cintura com as pernas e ficou pendurada em mim. Logo lembrei da mensagem de Alana e meu humor mudou, mas Lorena começou a falar cortando meus pensamentos.

 

– Posso te fazer uma pergunta?

– Já fez. - eu disse sério.

– Quando? - perguntou ela confusa.

– Fez outra agora. - falei tentando segurar o riso.

 

Lorena fez cara de tédio ao entender que eu estava zoando com a cara dela.

 

– É sério, Justin.

– Ok, faça! - falei sorrindo.

 

Ela fez uma breve pausa e por mim perguntou.

 

– O que você sente pela Alana?

 

Putz, era o último nome que eu queria ouvir. Minha cara fechou na hora.

 

– Nossa, a resposta vai ser tão ruim assim? - disse Lorena sarcasticamente. Tentei forçar um sorriso.

– Não sinto nada pela Alana. - falei por sim.

– Então por que namorava ela? - perguntou Lorena franzindo o cenho.

 

Respirei fundo antes de começar a explicar. Eu realmente não queria falar sobre aquilo, mas se eu não respondesse, Lorena encheria sua cabeça de desconfianças.

– Eu comecei a me relacionar com Alana a pouco mais de um ano.

– Um ano? - repetiu Lorena esbugalhando os olhos.

– Calma - falei rindo fraco. - A gente ficava, mas depois me afastei dela. Ela continuava correndo atrás de mim, mas eu não me importava. Continuei ficando com outras garotas! Daí ela sumiu por alguns meses, acho que foi morar fora. Voltou a uns 4 meses e nos reencontramos. Sentia falta dela. Ela é arrogante, mimada, mas me tratava bem. Apesar das ameaças, eu pensei.

 

Lorena pareceu ter ficado chateada.

 

– Sente falta dela?

– Sentia. - frizei. - Aí começamos a ficar sério, mas continuei a sair com quem eu quisesse. Então, você chegou. - finalizei com um sorriso.

– E você ainda continua saindo com outras meninas? - perguntou ela ironicamente.

– Só às vezes! - falei com um sorriso safado.

– Idiota! - ela disse entre uma risada me dando um leve tapa no braço.

 

POV Alana

– Tem certeza, amiga? Pensa bem, você está agindo por impulso. - repetia Leslie pela milionésima vez
– Tenho!
Eu estou com raiva. - falei terminando de colocar os brincos.
– Por isso mesmo! - insistiu ela.
– Leslie, chega! Você não foi humilhada na frente de todo mundo. Eu fui! Então chega, Leslie! A Lorena não pode ficar por cima assim.

Leslie revirou os olhos já cansada de insistir pra eu ficar em casa. Peguei minha bolsa, retoquei o batom e saí de casa. Leslie deu um sorriso fraco.

– Bom, seja lá o que você vai fazer, boa sorte. - falou ela derrotada.

– Obrigada, amiga!

– Eu não demoro. - falei dando uma piscadinha e virando as costas. 

Entrei no carro e eu estava confiante. Nada podia dar nada errado. Justin ia voltar pra mim por bem ou por mal. Cheguei em frente a sua casa e saí do carro batendo a porta do carro bem forte. Mandei uma mensagem para ele pra avisar que estava ali. Estava pronta para a guerra.

POV Justin

Eu e Lorena conversávamos bobagens sentados na cadeira próximo a piscina quando meu celular tocou. Estremeci um pouco e Lorena pegou o meu celular que estava perto dela. Rapidamente arranquei da mão dela que me olhou assustada e desconfiada. Tentei forçar um sorriso pra fingir que tudo estava bem, mas não convenci. Lorena bufou alto deitando e fechando os olhos com uma expressão séria.

"Estou na sua porta. Te dou 10 minutos para chegar aqui, senão tocarei a campainha e aí quem sabe a Lorena venha me atender -Alana"

Gelei lendo aquela mensagem. Uma raiva enorme subiu daquela filha da puta. Eu odiava ameaças, mas temia que ela concluisse-as.

– Está com fome, Lorena?
– Sim. - respondeu ela friamente.
– Vou lá dentro fazer um sanduiche pra gente.
– Quem era no telefone?
– Ryan - respondi rapidamente. - avisando que daqui a pouco trará o carro.
– Hum. - disse ela ainda irritada.

Dei um beijo em sua testa e fui ao encontro de Alana. Encontrei a Mere, nossa empregada no meio do caminho e pedi pra ela preparar dois sanduiches pra mim e deixar no balcão da cozinha. Me aproximei da porta de entrada nervoso e quando abri a porta Alana estava encostada no capô do carro de braços cruzados. Fechei mais ainda a cara e a encarei. Alana retribuia meu olhar sério. Fechei a porta e me aproximei.

 


– Sempre pontual. - ela sorriu debochadamente.
– Sem gracinhas, Alana. Seja breve.
– Bom, - disse ela pigarreando - Acho que você recebeu minha mensagem, não.
– Recebi, Alana. O que você tem na cabeça. Vai agir contra o seu pai? - perguntei sério.

Alana gargalhou debochadamente.

– Você sabe que meu pai nunca acreditaria que fui eu.
– O que você quer, Alana? - perguntei impaciente.

Alana mudou o fisionomia.

– Justin, você já parou pra pensar que você me trocou da noite pro dia? - disse ela um pouco dramática.
– Alana, nós nunca tivemos nada muito certo, nada que me impedisse de ficar com outras garotas. Eu não sei porque esse drama. Eu pensei que você não levaria pro lado pessoal.

Alana encarou o nada.

– Sabe, Justin... eu achei que eu fosse importante pra você. - disse com os olhos marejados chegando mais perto.
Me afastei um pouco. 

– Você ainda vai levar essa briga para o lado do seu pai. Você está sendo impulsiva. O que me aconteceu no passado não tem nada a ver com Lorena.
– A sua Lorena me humilhou na frente de todo mundo ontem. - esbravejou ela.
– Eu não mandei ela fazer nada disso. Eu não concordei com isso, mas VOCÊ ME BEIJOU ALANA! - falei um pouco alto. 
– E você gostou. - disse ela debochada.
– Alana, o que você quer afinal?
Percebi a porta da casa abrir e Lorena surgiu com uma cara nada boa.


POV Lorena

Estava meio desconfiada. Por que Justin havia tirado o celular da minha mão com tanta brutalidade? Haviam se passados 15 minutos e nada do Justin voltar, resolvi ir até a cozinha e só encontrei a empregada lavando a louça e os sanduiches preparados no balcão.

– Oi. - falei um pouco tímida. - Você viu o Justin?
– Ele saiu, senhorita Lorena. - ela disse um pouco sem graça.

Agradeci a informação e franzi o cenho. Abri a porta de entrada. Talvez ele estivesse conversado com algum vizinho ou até mesmo o Ryan podia ter chegado. Nada disso. Lá estava Alana de costas para mim e Justin me encarando com uma expressão preocupada. O que essa vadia estava fazendo aqui? Senti um nó na garganta e uma raiva por causa do atrevimento dela. A noite anterior não havia bastado não? 

POV Justin

Alana percebeu que eu mirava algo atrás dela e se virou vitoriosa. Era isso que ela queria. Lorena se aproximou de nós com uma fúria que saltava de seus olhos.

– Posso saber o que está acontecendo aqui? - perguntou Lorena ignorando a presença de Alana. 
Fiquei sem reação. Não queria que Lorena soubesse de nada. Mas ela estava ali na minha frente exigindo explicações. Ela se virou para Alana percebendo que eu estava em transe.

– O que você está fazendo aqui, piranha? Não te bastou ser humilhada na frente de todo mundo não? O que mais você quer? - Disse Lorena indo para cima de Alana. Entrei no meio das duas. Lorena me olhou sem entender.
– Chega, Lorena! - a repreendi levantando ainda mais a sua fúria. Aquele olhar dizia tudo. Ela não ia me desculpar.
– Calma, vadia. Eu só vim te alertar! Você não tem a minima ideia com quem você está se metendo.

Alana disse com um ar vitorioso. Eu mirava o chão. Odiava lembrar do tempo em que trabalhei para o Lúcio.

– Eu não tenho medo de você. - disse Lorena cuspindo as palavras.
– Não estou falando de mim, idiota! - disse Alana olhando para mim.

Lorena me encarou confusa. Enquanto eu permanecia sem reação. - Do que ela está falando Justin? 

Olhei para seus olhos desejando que Lorena não me odiasse por aquilo.

– Justin é um viciado! - Alana disse friamente.

Lorena me encarou sem acreditar naquilo. Uma ideia surgiu na minha cabeça me fazendo mudar a expressão. Encarei Alana, que se assustou.

– Anda, Alana! Diz tudo logo, conta tudo!

Falei, mesmo com receio de que Lorena jamais me aceitasse depois de saber que já trafiquei e usei drogas.

Alana me olhava sem entender, mas continuou falando.

– Justin trabalhava para o meu pai, Lúcio Wens pra poder pagar o próprio vício. Sabia? - disse com deboche. Lorena a olhava com desdém. Ela não acreditava em nada que Alana dizia. Um sorriso brotou de seus lábios.

– Eu não acredito em você, vadia. Supera! Você perdeu o Justin! Pode inventar o que quiser dele. Nada vai me tirar dele. Entendeu? Quer que eu desenhe?

– É mesmo? Então pergunte para ele quem é Jaden Smith. Com certeza ele não vai negar essa explicação.
– Chega, Alana! Vai embora. Já fez o que queria, não é? Agora vai embora! - gritei segurando ela pelo braço.

Lorena tinha a expressão confusa. Levei Alana pelo braço até o banco de seu carro.

– Está me machucando, Justin!
– Isso não chega nem aos pés do que eu queria fazer. - esbravejei.

Fechei a porta de seu carro depois de ter jogado ela no banco.

– Vá! - falei seco.

Ela me olhavou com raiva e depois saiu cantando pneu. Voltei para perto de Lorena que tinha um ponto de interrogação em seu rosto. Ela estava de braços cruzados batendo um dos pés.

– O que foi isso que aconteceuum ponto de interrogação em seu rosto. Ela estava de braços cruzados batendo um dos pés.
– O que foi isso que aconteceu aqui Justin? Quem é Jaden Smith? - perguntou ela alterada.

Segurei seu rosto numa tentativa de acalmá-la. 

– Você confia em mim? - perguntei quase encostando nossos lábios.
– Confio, mas...
– Então - a cortei - entra em casa e só saia de casa quando eu chegar.
– Aonde você vai, Justin? - perguntou ela franzindo o cenho.
– Confia em mim, por favor. Quando eu voltar eu explico tudo pra você. 

Segui até a garagem com o olhar da Lorena pesando em minhas costas. Subi na moto e tirei ela da garagem indo até a calçada onde Lorena estava. Lorena estava notoriamente preocupada.

– Eu volto pra você. - falei e acelerei a moto seguindo o mesmo caminho que Alana havia feito.

 

Tópico: Passado Negro

Destino Oculto

@JbieberPaulinha | 15/01/2013

ai meu coraçaooooo O.o

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