Die In Your Arms

 

POV Lorena

 

– Eu... taquei fogo nela. – disse meio preocupado com a minha reação.


Eu tentei não demonstrar o quanto aquilo tinha me dado náuseas. Tentei imaginar o Justin fazendo isso, mas não se encaixava na minha mente. Meu Justin não fazia esse tipo de coisas. O meu Justin era um príncipe que não gostava de matar e ele não só tinha matado como tinha tacado fogo. Tentei compassar os batimentos do meu coração, mas me peguei fitando o nada imaginando a cena.


– Lorena! – Justin me sacudiu e eu olhei seu rosto com a visão um pouco embaçada. – Você tá bem? – perguntou forçando o cenho.

– Estou. – respondi fraco.

– Eu disse que não tinha necessidade de você saber... – falou um pouco irritado, mas ainda preocupado.

– Eu... eu não consigo imaginar você fazendo isso. – falei fitando o nada tentando processar a informação.

– Amor. – Justin segurou meu rosto com as duas mãos me forçando a olhar para ele.


Encontrei seu olhar perdido no meu. Esse era o meu doce Justin, esse era o meu príncipe. Esse é o garoto que me odiava, mas não conseguiu me deixar na rua sozinha quando Ryan nos expulsou de sua casa, esse era homem que beijava minha barriga como se pudesse ver e segurar seus filhos. Esse homem não me desamparava. Justin errou no passado, mas só de olhar para ele eu poderia sentir que ele fazia tudo por mim. Esse homem carinhoso que me olhava aqui nos olhos não era o mesmo que matava, queimava e se vingava de seus inimigos. Eu um certo medo desse Justin, pois não sabia o seu limite.


– Eu odeio fazer isso, Lorena. Mas eu não tive escolha. Enquanto Alana estivesse viva, ela iria tentar te matar ou te matar. Eu não podia perder você e meus filhos. Por favor, me entenda. – ele disse depois de um tempo que nossos olhos estavam fixados um no outro.

– Tudo bem... Eu só não estou acostumada. – falei balançando a cabeça de forma rápida. Queria limpar as imagens que haviam se formado em minha mente.

– Acho que você deveria se acostumar. – falou pensativo com medo das próprias palavras.

– Por quê? - perguntei confusa.

– Lorena, eu estou há dois anos fugir do meu passado, mas acho que já deu pra notar que não dá. Eu entrei nisso sabendo dos meus riscos, não estava nos meus planos me apaixonar por você. Quando Lúcio matou Jaden na minha frente, eu decidi que aquilo não era pra mim. Eu vi que ia ter que virar um sangue frio que não se importa com a vida das pessoas. Eu tentei não me importar com a morte de Jaden, mas qual é... ele era meu melhor amigo e aquele miserável acabou com a vida dele como se ele fosse um rato. – disse alterando seu tom de voz cada vez que ficava com mais raiva de Lúcio.

– Tá, Justin... eu já sei da sua história, eu não estou te julgando.

– Deixa eu terminar de falar? – disse um pouco irritado. – Lorena, todos que entram no meu caminho agora pra prejudicar você, eu não tenho a menor dificuldade de matar. – falou óbvio. – Sei que na sua cabeça eu não sou um matador, um traficante, uma pessoa ruim. Tá certo, eu não sou, mas eu não vou deixar você sair machucada disso, você pode ter certeza. Nem que eu tenha que passar por cima da cabeça de todos, eu vou passar. – falou e por alguns instante eu não o reconheci.

– Nossa... parece que estou te conhecendo agora. – disse forçando um sorriso debochado.


Justin revirou os olhos com impaciência.


– Só quero que você entenda que eu sempre fui assim, eu não gosto de matar, mas eu faço se for preciso. Eu defendo minha família até o fim.

– Pára de falar assim! – gritei – Parece que estou conversando com um mafioso.


Justin sorriu de canto me encarando, eu odiava aquela cara de sínico dele.


– Você acha que vamos chegar em Atlanta e Lúcio me receberá de braços abertos assim que souber que fui eu que matei Alana. – disse de uma forma estranha que me deu medo.

– Meus filhos não terão um pai assassino. – falei entredentes.

– Então seus filhos não terão um pai! – gritou fazendo sua jugular pulsar forte.


Vi quando ele fechou o punho com ódio. Havia sangue em seus olhos. Algumas pessoas perto de nós nos olharam sem entender. Por sorte ninguém falava nossa língua. As lágrimas quentes marejaram os meus olhos e em uma piscada, escorreram todas em minha face. Suas palavras proferidas haviam sido uma faca em meu peito. Esse não era o meu Justin. Nossos olhares estavam sendo sustentados um pelo outro. Justin ainda estava visivelmente irritado. Balancei a cabeça de forma negativa me virando para sair do mar. Caminhei com dificuldade porque as ondas me puxavam para a direção contrária.


– Lorena. – ouvi Justin me gritar, mas continuei andando até chegar na areia. Mas logo ele estava perto de mim segurando meus braços.

– Eu só quis dizer que se eu não me defender, eu vou morrer. Todos nós vamos morrer. – disse ofegante por ter corrido.


Abaixei minha cabeça com tristeza. Odiava saber aquilo. Eu me negava a acreditar que minha vida não era um conto de fadas. Que meu príncipe era completamente nada a ver com o que estávamos acostumadas a ler. Pior ainda era saber que ao seu lado eu corria perigo e os nossos filhos também, mas estranhamente nada naquilo era suficiente para fazer com que eu me afastasse dele. Levantei minha cabeça encarando seu rosto. Ele parecia triste.


– Tenho medo que você desista de mim. – disse triste e sem jeito.

– Eu não vou desistir de você. – falei tentando reconforta-lo, mas eu também estava destruída por dentro. – Tenho medo que você se afaste de mim como você se afastou quando estava atrás de Alana. Justin, eu não consigo viver sem você, sem seu carinho. O início da minha gravidez foi péssima por causa disso...

– Eu sei, eu sei... me perdoa. Um dia tudo isso vai acabar, mas eu preciso fazer com que acabe, senão nossos filhos vão crescer num território de guerra e eu não quero isso.


Seus braços contornaram meu corpo em um abraço e eu certamente poderia morrer ali em seus braços. Meu refúgio, meu esconderijo. Quando eu me perco é exatamente ali onde me encontro. Nossos lábios se encontraram num beijo calmo.



Sua língua procurou a minha e eu me deixei levar. Meus bebês se agitaram fazendo cócegas e separei nossos lábios sorrindo e olhando para baixo para encarar minha barriga.

– Que foi? – Justin perguntou curioso sorrindo.

– Parece que eles estão felizes. – disse passando a mão em minha barriga.


Justin sorriu pelo nariz depositando um beijo em minha testa. Toda a tempestade havia ido embora. A nuvem negra que estava sobre nossas cabeças havia abandonado a gente. Eu sabia o que o Justin era e apesar daquilo me dar medo, ainda não era o suficiente para eu deixa-lo. Aliás, nada era suficiente para me fazer abandonar a minha própria felicidade, não importa quão torta ela fosse.

Assim que nos vestimos, Justin entrelaçou nossos dedos da mão e me levou até próximo a um quiosque. Pediu uma cerveja e mais uma vez se irritou com as pessoas. Até que por fim ele apontou para o que ele queria, o cara dele e ele jogou na mesa 10 dolares e nem esperou o troco. Caminhamos até a calçada. Havia uma festa e ele me alertou que pela época, poderia ser o tal Carnaval, o tão falado Carnaval do Brasil. A rua estava lotada. Havia um carro com a mala aperta com um som alto. As pessoas dançavam, bebiam e se divertiam. A batida era forte e estimulava qualquer um a danças. Justin me agarrou por trás movimentando o corpo me forçando a dançar também.



– Mesmo grávida você continua sendo a mais gostosa daqui. – disse de forma sexy em meu ouvido segurando sua lata de cerveja.


Olhei em volta e todas as mulheres que dançavam eram lindas. Retorci os lábios sem acreditar me virando de frente pra ele.


– Fala sério, se você tivesse solteiro você ia fazer a festa aqui. – falei sem me importar.

– Se eu estivesse soltei sim, porém não estou. – disse dando uma piscadinha e um gole em sua cerveja.


Começamos a dançar, pois ali parecia que ninguém se importava com nada.



Eu gargalhava das palhaçadas que Justin me falava ao pé do ouvido. Até que ele começou a dançar sozinho e modéstia a parte, ele dançava muito bem. Todas aquelas vadias começaram a olhar para ele de forma provocante. Tentei não me importar, afinal aquilo tudo era meu. Justin foi chegando mais perto e passou o braço pela minha cintura.



– Eu transaría com você agora. – disse em meu ouvido me deixando arrepiada.


Sorri para ele assim que ele colocou seu rosto perto do meu.


– Vou comprar água. – falei me livrando de suas mãos. Sabia que se eu vetasse ele, aquilo deixaria ele louco de desejo.

Saí andando de um jeito provocante e virei meu rosto. Pude ver Justin parado mordendo os próprios lábios.Cheguei perto de um cara que vendia bebidas e pedi uma das poucas palavras que sabia falar em português.


– Água, please. – sorri.


O senhor entendeu e me deu a água. Abri a tampinha e bebi. Minha garganta estava seca e suplicava por aquilo. Olhei para trás e havia tanta gente que eu nem conseguia mais enxergar o Justin.


– Oi, gatinha. – ouvi alguém falar perto da minha orelha enquanto colocava a mão em direção a minha cintura.


Me livrei de suas mãos furiosa.


– Are you crazy? – gritei, mas ele não entendeu. Apenas sorriu e pela sua cara e seu cheiro, estava bêbado.

– Qual é, gatinha... vem cá. – disse pegando de novo em minha cintura e me puxando pra ele.


Empurrei-o com força. Eu estava grávida e nem isso o babaca estava respeitando. Se o Justin tivesse vendo aquela cena, ela surtaria. Mas era tarde demais. Assim que desviei meus olhos, Justin vinha na direção da gente puto da vida pisando forte. Tentei entrar na sua frente, mas Justin desviou de mim mandando eu me afastar.


– Você tá maluco? – gritava o Justin com ódio.


O cara se afastou se apoiando no carro e Justin foi pra cima dele.



– Ela te empurrou, então ela não quer nada com você, seu merda! – gritou com mais ódio ainda, mas o cara não entendia nada que o Justin dizia e ainda debochava de sua cara


Me aproximei de Justin tentando acalmá-lo, mas ele estava irredutível.


– Não se mete Lorena! – gritou sem me olhar. O cara virou os braços como se esperasse Justin vir pra cima dele.

– Chega, não estraga nosso dia Justin, vamos embora. – falei empurrando ele pra longe.


Justin saiu andando na frente chutando tudo e de repente senti um puxão no meu braço.



O cara havia me puxado com toda a força e tentava me beijar. Justin voltou com o punho fechado me tirando dos braços dele e socou seu rosto com força. Logo não entendia mais nada, vários homens se juntaram em cima dele e eu gritava desesperada pra alguém ajudar. Pelo visto era amigos do babaca que estava se metendo comigo.



Justin socava o homem com ódio, mas mesmo assim estava apanhando dos outros. Tentei me meter no meio, mas alguém me puxou pra trás. Meu coração acelerou e levei a mão na boca quando vi que Justin havia caído do chão, Ninguém ajudava, ninguém separava e estavam todos chutando e socando Justin. Até que num movimento rápido, Justin enfiou a mão por de baixo de sua blusa tirando uma arma e atirou pra cima. Todos se distanciaram e Justin levantou com ódio com a cara toda lanhada. Veio até a mim pegando minha mão . Justin ainda encarou um por um apontando a arma antes de me tirar dali. Corremos até o carro, pois tinha o risco da polícia chegar.


– Vai pro banco do carona. – gritei dando a volta no carro.

– Nada disso, eu vou dirigir. – disse com dificuldade um sangue escorrido pela sua face.

– Cala a boca, Justin! Entra logo! – gritei com ódio. Ele relutou um pouco, mas então entrou.


Bati a porta e atravessei o cinto em mim. Liguei o carro e afundei o acelerador.Todos deram passagem, pois se ficassem na frente certamente iriam ser atropelados. Passei todas as marchas que pude, até chegar na velocidade que eu pretendia. Justin tinha a mão fechada e respirava alto e fundo.


– Por que você sempre tem que se meter em briga? – perguntei quando já estávamos numa distancia do lugar.

– Ele te agarrou, a culpa não foi minha! – gritou.

– Você já olhou pra sua cara, Justin? – perguntei revirando os olhos.

– Foda-se! – gritou entredentes sem se encarar no retrovisor.


Dirigi de volta até o hotel e então, Justin insistiu pra que eu parasse o carro um quarteirão antes do hotel. Reclamei sem entender, mas estacionei. Saí do carro como ele ordenou, pois não estava com paciência para discutir.


– Vai pra outra calçada. – disse frio.


Bufei me afastando dele mais ainda. Justin abriu a porta de trás do carro e mexeu em algo. Não deu pra ver direito, mas toda hora ele olhava pra cima, pros lados e pra trás pra ve se alguém estava nos vendo ali. Depois de alguns segundos, ele fechou a porta de trás e veio andando em minha direção calmamente com uma cara séria.


– O que você fez? – perguntei quando ele se aproximou.

– Daqui a 60 segundos você vai saber. – falou com um sorriso vitorioso no rosto e me puxando pra longe dali.


Caminhávamos em direção ao hotel e aquele sorrisinho de deboche nos lábios de Justin.


– Justin, me explica o que está acon...

– Shhhh... – ele me interrompeu. – 3, 2,1. – disse me olhando e de repente ouvimos um estrondo muito alto.


Me assustei olhando pra trás e Justin olhou junto comigo satisfeito com o que tinha feito. O carro havia explodido e agora estava lá na rua deserto pegando fogo.



Olhei sem acreditar e Justin sorriu me puxando dali;


– Vamos logo. – disse virando a esquina.

– Você é louco? Por que você explodiu o carro? – perguntei nervosa andando rápido para alcançar ele.

– Todo mundo viu qual foi o carro que saímos. – disse óbvio.


Entramos no hotel e subimos direto pro meu quarto. Justin ficava me fazendo cosquinha e beijando meu pescoço no elevador. Graças a Deus não entrava ninguém, porque aquele menina estava impossível.


– Você está linda, sabia? – disse próximo do meu ouvido passando a mão em minha coxa.


Me arrepiei fechando os olhos e sua mao caminhou livremente pela minha coxa subindo até perto de minha virilha. Meu vestido facilitava tudo. Justin respirou em meu ouvido me deixando mais tonta e de repente apertou minhas partes me deixando completamente molhada.


– Justin, para... – falei manhosa um pouco fraca até que a porta se abriu e saímos do elevador.


Justin colou nossos lábios num beijo voraz a abriu a porta com rapidez mesmo com os nossos olhos fechados. Foi me guiando até a cama e tentando tirar o meu vestido. Sorri sem desgrudar nossos lábios. As mãos de Justin estavam inquietas e me tirando a noção. Justin praticamente rasgou a minha roupa.


– Você tem que começar a usar roupa com velcro, é mais fácil de tirar. – disse sorrindo de canto de forma sensual.


Justin deitou nossos corpos na cama e eu passei a mão por seu cabelo. Começamos a ouvir um celular tocando de um jeito abafado e Justin se irritou levantando.


– Cadê essa merda? – disse procurando até que achou embaixo da cama e por sinal era o celular da Kimberly que estava comigo. – Que porra de celular é esse? – disse assim que pegou deixando continuar a tocar.


Pulei da cama e peguei de sua mão, no visor estava o número do meu celular que estava com a Kimberly.


– Alô? – falei enquanto Justin me olhava confuso.

– Desce aqui, vem pegar suas coisas. – disse mandona.


Olhei ao redor e vi as roupas dela separadas em cima da cadeira. Justin continuava a olhar sem entender. Desliguei o celular ajeitando minha roupa.


– É a Kimberly, eu preciso descer pra devolver as coisas dela. – me apressei em dizer enquanto apanhava suas roupas.

– Por que você está com as roupas dela? – perguntou confuso forçando a testa. De fato ele havia ficado irritado.

– Ahh... depois te explico. – falei fazendo um coque no cabelo e me olhando no espelho pra ver se a roupa estava ok.

– Vai me deixar assim? – perguntou meio óbvio de que se referia do seu pênis ereto marcando seu moleton.



Ri indo em direção a porta.


– Já volto! – pisquei virando para olhar seu rosto. Pude ver ele se jogando na cama e bufando sem acreditar.


Cheguei ao saguão do hotel e Kimberly estava encostada na parede me esperando.



– Finalmente. – disse revirando os olhos assim que me aproximei e jogando uma sacola em cima de mim com as minhas roupas.

– Eu nem demorei, tá? – falei me irritando já com a falta de educação dela e entregando suas coisas.


Sem falar mais nada, Kimberly virou as costas e já estava saindo do hotel.


– Ei, pra onde você vai? Só veio pra isso? Pegar sua roupa. – perguntei alterada.

– Óbvio. Essas suas roupas de puta não combinam comigo.E desde quando eu olhe devo explicação sobre a minha vida? – disse áspera.

– Posso saber o que eu fiz pra você? – perguntei cruzando os braços.


Kimberly olhou pro alto como se quisesse me indicar o Justin. Já estava notória a briguinha dos dois.


– Nada, sobe lá. Seu namoradinho deve tá te esperando.- disse debochada.


Estalei o céu da boca e bufei já impaciente. Kimberly era uma incógnita na minha cabeça. Uma hora parecia me odiar e odiar Justin, mas então porque havia nos ajudado a nos livrar de Alana?


– Chega! Eu não ague...

– Tá acontecendo alguma coisa, Lorena? – ouvi a voz do Justin vindo atrás de mim.



Me virei a percebi o quão perto de mim ele estava e eu nem havia reparado ele chegando.


– Bom, já está na minha hora. – Kimberly disse sem olhar pra gente e assim que ela passou pela porta, eu e Justin avistamos Charlie do lado de fora.


Justin correu atrás da Kimberly e eu fui atrás dele sem entender.


– Pra onde vocês vão? – ouvi Justin perguntar perto das duas.

– Pra Atlanta. – respondeu Charlie. Kimberly estava furiosa achando tudo aquilo um saco.

– Preciso conversar com vocês duas. – Justin disse parecendo falar sério.


Me aproximei ficando próximo dele e então Kimberly me olhou de cima a baixo.


– Me liga quando chegar a Atlanta. Vamos Charlie. – disse virando as costas e Charlie ainda deu um tchauzinho tentando ser simpática.


As duas entraram no carro de Charlie e saíram dali. Justin virou as costas envolvendo minha cintura e voltando pro hotel com uma cara pensativa, mas sorrindo de canto.


– Vai me dizer o que está acontecendo?

– Acontecendo? – perguntou confuso.

– Você e Kimberly... qual é... ela te odeia! – falei revirando os olhos.


Justin se calou e foi assim até voltarmos pra cobertura.


– Não é lá uma história que você queira saber. – disse dando de ombros.

– Pode apostar que eu quero muito saber. – falei sentando na poltrona me acomodando.


Justin revirou os olhos e sentou no sofá da minha frente tentando arrumar a melhor forma de começar a contar a verdade.


– Kimberly era apaixonada por mim. – disse um pouco sem graça.

– Ela é mais velha que você! Isso é nojento! – falei já me irritando.

– Ela nem é tão mais velha que eu, Lorena! Ela tem 26. – disse achando graça.

– Justin! Eu to cansada dessas suas ex namoradas! – falei me levantando e pondo uma mão na testa.

– Ei, calma! – ele disse se aproximando de mim.

– Calma? Das últimas vezes que você disse isso você me trouxe problemas.


Falei olhando friamente pros seus olhos.


– Lorena, eu nunca senti nada por ela! – disse com a voz alterada. – Eu namorava Alana. A gente apenas saiu algumas vezes. Ele sempre foi durona assim, mas perdia a linha pra mim e por isso me odeia. Não aguenta o fato do gostosão aqui conseguir ter domado ela. – disse convencido.


Dei um tapa de leve em seu ombro e ele me agarrou pela cintura.


– Deixa de ser boba, eu amo você. Tô brincando com você. Isso passou. Ela me odeia por outro motivo. – disse próximo do meu rosto.

– Qual?


Justin respirou fundo e sentou no sofá e eu sentei em uma de suas pernas.


– Uma vez o Lúcio pediu pra que fôssemos invadir a casa de um traficante da região...



POV Justin


Flashback on


– Bieber, corre! O alarme de fogo disparou, deu merda, deu merda! Corre! Não tem ninguém em casa, é uma armadilha! – gritava Jaden vindo de dentro da casa.


Eu odiava ficar de vigia. Gostava de participar, de ver tudo, mas essa noite Kimberly não tinha concordado em ficar de vigia e Jaden era um dos melhores atiradores. Assim que vi Jaden correndo, perguntei sobre Kimberly, mas ela havia ficado presa em um dos quartos e a casa estava começando a pegar fogo.


– Filho da puta, ela vai matar a Kimberly! – gritei pro Jaden, que não deu ouvidos, apenas entrou no carro.

– Vamos logo, Biebs! Ela sabe se virar – gritou Jaden de dentro do carro abrindo a porta do carona pra mim.


Encarei por dois segundos a porta aberta e depois virei meu rosto pra casa.




– Bieber, não faz issoFILHO DA PUTA VOCÊ VAI MORRER!


Pude ouvir Jaden gritar de dentro do carro quando comecei a correr pra achar Kimberly. A fumaça estava sufocante, quase não dava pra enxergar nada. Subi as escadas tampando meu nariz com a blusa e fui chutando todas as portas que vi pela frente. O fogo vinha de um dos quartos. O filho da puta tinha tanta casa quem nem se preocupou em destruir uma apenas para nos matar. Até que chutei uma porta e a fumaça veio com tudo nos meus olhos. Fechei-os com força e assim que abri vi Kimberly estirada no chão.



Corri até onde ela estava colocando-a em meu ombro. Desci a escada correndo. O fogo já pegava boa parte da casa. Quase morremos, mas Jaden sabia que eu era foda demais e ia voltar com Kimberly nos braços e vivo então ficou me esperando. Coloquei Kimberly desmaiada no banco de trás e corri até o banco de carona. Fomos até o hospital mais próximo que recebia propina de Lucio justamente pra cuidar dos nossos ferimentos sem explanar que éramos bandidos.


Flashback off


– Kimberly é muito orgulhosa. Ela preferia mil vezes ter morrido do que ter sido salva por mim. Bom, pelo menos é isso que ela quer que eu acredite. – conclui e Lorena olhava o nada, acho que tentava imaginar a cena.

– Por isso que ela não deixou que te matassem. Ela quis te recompensar. – disse pensativa.

– É pode ser. – falei dando de ombros.

– Nossa que romântico um salvou a vida do outro. – disse debochada com ciúme.

– Quantas vezes já salvei sua vida? – falei apertando suas bochechas que coraram.

– E quantas vezes salvei a sua? – ele perguntou desapontada abaixando o rosto.

– Lorena, - falei fraco levantando seu rosto para que seus olhos encontrassem os meus. – Você deu sentido a minha vida. Se não fosse você eu ainda estaria perdido. Você não só salvou minha vida como mudou ela completamente e eu te agradeço por isso. Antigamente eu não tinha motivos algum pra fazer o que eu faço, hoje eu faço pra te manter viva. – sussurrei fazendo ela sorrir.

– Bom, acho que tenho que me acostumar que você é assim e ponto final. – disse retorcendo os lábios.

– Nunca irei matar por matar, posso te garantir isso. Mas vou matar todos que tentarem fazer mal pra você e pros meus filhos. – falei firme.


Lorena respirou fundo e sorriu derrotada.


– Acho que te amaria até se você fosse pior do que você é.


Sorri gostando de ouvir aquilo. Beijei seus lábios e sabia que Lorena era o tipo de mulher que eu queria pra sempre ao meu lado. Ela me amava do jeito que eu era, apesar de as vezes surtar. E mais do que isso, ela carregava o nosso futuro em sua barriga, nada mais podia me fazer tão feliz.


– Ah! – ela disse separando nossos lábios. – O que você quer com a Charlie e a Kimberly? – perguntou curiosa.

– Preciso de aliados, preciso de gente que trabalhe pra mim. – falei arquitetando tudo em minha mente.

– Acha que Kimberly vai aceitar?

– Posso convencê-la. - falei sorrindo.

– Espero que não seja de uma maneira que vá me irritar! – falei fingindo irritação.


Gargalhei achando graça do seu ciúme fazendo ela rir também. Juntei nossos lábios sorridentes.



Ficamos ali no sofá deitamos conversando sobre a vida. Não via a hora de voltar pra Atlanta. Minha mãe devia estar pirando.


 



Tópico: Die In Your Arms

selena ridicula

nana | 05/07/2014

aff nada haver essa fotos aii chega menina sem sal,sem noçao,er bom todos ate eskecerem q justin ja teve alguem dia algo com essa dai... Graças a Deus ele se livrou disso e pelo visto esta mt bem e vai continuarr

selena diva <3

mrs. Bieber@ | 01/07/2014

aaaaaaaawn que foto perfeitaaaa <3

Selena vaca

Malu | 29/04/2013

Não gostei da imagem da selena...aquela puta, magrela, sem bunda, do cabelo oleoso

Re:Selena vaca

Eyshila | 27/08/2013

apoiada :)

Destino oculto 2

@JbieberPaulinha | 16/01/2013

Aiiii isso é tao romantico kkkkkkk

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